A 6ª Conferência Nacional das Cidades está programada para 2025, e marca o retorno de um importante
espaço de participação social no Brasil, após uma pausa de 10 anos. O evento é organizado pelo
Ministério das Cidades e pelo Conselho das Cidades, com o tema: “Construindo a Política Nacional de
Desenvolvimento Urbano: Caminhos para cidades inclusivas, democráticas, sustentáveis e com justiça
social”. O objetivo principal é discutir e formular a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU),
abordando temas como habitação, mobilidade urbana, saneamento básico e inclusão social. A
conferência busca promover um diálogo entre sociedade civil, governos e especialistas para enfrentar
desafios urbanos e construir cidades mais justas e sustentáveis. A conferência será realizada em etapas:
Municipal: De 15 de abril de 2024 a 30 de abril de 2025.
Estadual e Distrital: De 1º de julho de 2024 a 30 de junho de 2025.
Nacional: Prevista para ocorrer até 31 de agosto de 2025.
A Engenharia desempenha um papel essencial na Política de Desenvolvimento Urbano, contribuindo para
a criação de cidades mais sustentáveis, inclusivas e resilientes. Eis algumas das suas principais funções:
o Planejamento Urbano: Engenheiros ajudam a projetar e implementar infraestruturas como
sistemas de transporte, saneamento básico e redes de energia, garantindo eficiência e
acessibilidade.
o Sustentabilidade: A Engenharia promove soluções inovadoras que minimizam impactos
ambientais, como o uso de materiais ecológicos e tecnologias de energia renovável.
o Mobilidade Urbana: Projetos de transporte público e infraestrutura para pedestres e ciclistas são
fundamentais para melhorar a qualidade de vida e reduzir a poluição.
o Habitação e Inclusão Social: Engenheiros desenvolvem projetos de habitação acessível e
revitalização de áreas degradadas, promovendo a inclusão social e econômica.
o Resiliência: Planejamento para mitigar desastres naturais, como enchentes e terremotos, é uma
prioridade para garantir a segurança das populações urbanas.
O objetivo de cidades mais justas e sustentáveis traz à baila questões sobre a postura e o papel dos
profissionais de Engenharia. A sustentabilidade na engenharia urbana é fundamental para o
desenvolvimento de cidades que atendam às necessidades da população atual sem comprometer os
recursos das futuras gerações. De forma prática, aqui estão exemplos dos principais aspectos neste tipo
de abordagem:
o Eficiência Energética: A engenharia urbana pode incorporar tecnologias como iluminação pública
de LED, construção de edifícios com baixo consumo de energia e uso de fontes renováveis, como
solar e eólica.
o Gestão de Resíduos: Soluções para coleta e tratamento adequados de resíduos sólidos, como
reciclagem e compostagem, são essenciais para reduzir o impacto ambiental nas cidades.
o Planejamento Verde: Projetos que integram áreas verdes, como parques e corredores ecológicos,
ajudam a melhorar a qualidade do ar, combater a ilha de calor urbana e oferecer espaços para
recreação.
o Sistemas de Transporte Sustentáveis: Infraestruturas para transportes públicos eficientes,
bicicletas e pedestres podem reduzir a dependência de veículos individuais e, consequentemente,
as emissões de carbono.
o Uso Inteligente dos Recursos Hídricos: A engenharia pode incluir sistemas de captação e
reutilização de água da chuva, bem como melhorias no saneamento básico para minimizar o
desperdício e evitar contaminações.
o Materiais Sustentáveis: Utilizar materiais reciclados ou de baixo impacto ambiental em obras de
infraestrutura e construção civil pode diminuir a pegada ecológica das cidades.
Todas essas ações fazem parte de um esforço para criar cidades mais habitáveis, econômicas e
amigáveis ao meio ambiente. A engenharia urbana sustentável difere da engenharia tradicional
principalmente em seus objetivos, métodos e prioridades. Eis uma comparação que destaca os aspectos
mais importantes:
- Objetivos:
o Engenharia Tradicional: Foca principalmente na funcionalidade, eficiência e no custo inicial do projeto, priorizando a rapidez e a viabilidade econômica. o Engenharia Sustentável: Vai além, buscando equilibrar funcionalidade com impacto
ambiental, econômico e social a longo prazo, promovendo o uso responsável dos recursos
naturais. - Escolha de Materiais:
o Tradicional: Geralmente utiliza materiais convencionais como concreto e aço, muitas
vezes sem considerar o impacto ambiental de sua extração ou produção.
o Sustentável: Prioriza materiais ecológicos, recicláveis ou de baixo impacto ambiental,
como bambu, madeira certificada e concreto ecológico. - Planejamento e Projetos:
o Tradicional: Geralmente foca na solução de curto prazo para atender às necessidades
imediatas.
o Sustentável: Adota uma abordagem de longo prazo, considerando o impacto ambiental e
a resiliência às mudanças climáticas, além de integrar áreas verdes e tecnologias
inteligentes nos projetos. - Consumo de Energia:
o Tradicional: Pode priorizar fontes de energia tradicionais como combustíveis fósseis, sem
considerar a eficiência energética.
o Sustentável: Valoriza o uso de energia renovável (solar, eólica) e tecnologias que
minimizam o consumo energético, como sistemas de iluminação pública eficiente. - Gestão de Recursos Naturais:
o Tradicional: Tende a usar recursos como água e energia sem um plano detalhado de
reutilização ou conservação.
o Sustentável: Investe em práticas como reutilização de água da chuva, sistemas de
saneamento inovadores e designs que otimizam o uso de recursos. - Impacto Social:
o Tradicional: Pode não abordar diretamente questões sociais, como inclusão e
acessibilidade.
o Sustentável: Integra princípios de justiça social, como habitações acessíveis, mobilidade
urbana inclusiva e envolvimento da comunidade no planejamento.
Em resumo, enquanto a engenharia tradicional cumpre seu papel de fornecer soluções técnicas eficientes,
a engenharia sustentável amplia essa visão, considerando o bem-estar do meio ambiente, da sociedade
e das gerações futuras.
Geografo Marcelo Rodrigues da Motta
CREA 0601140895
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